O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condena firmemente o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel e a anunciada intenção de transferência da embaixada norte-americana para esta cidade, decisão que significa um autêntico acto de agressão ao povo palestiniano, com imprevisíveis e perigosas consequências para a paz em toda a região.
Com este inaceitável e provocatório passo, os EUA dão uma vez mais, e de forma aberta, cobertura à política sionista de ilegal ocupação de territórios da Palestina, incluindo a ocupação total da cidade de Jerusalém por parte de Israel. Um acto que desmascara o cínico papel dos EUA, que desde sempre apoiou a ocupação e agressão Israelita contra o povo palestiniano, ao mesmo tempo que se apresenta como “mediador imparcial” no conflito.
É com grande preocupação que o Conselho Português para a Paz e Cooperação encara o aprofundamento do processo de militarização da União Europeia (UE) actualmente em curso. O militarismo é, a par do cerceamento da soberania dos Estados por parte de instituições supranacionais dominadas pelas grandes potências e da promoção das políticas neoliberais, que agridem direitos económicos e sociais, um dos esteios da UE – sendo a criação de um futuro exército europeu, apesar de contradições que persistem, um objectivo há muito prosseguido pelas principais potências europeias.
Este processo de militarização – muito embora se processe numa complexa relação em que estão permanentemente presentes, seja a concertação, seja a rivalidade entre os EUA e grandes potências europeias –, tem convergido e sido determinado no quadro da NATO, assumindo-se a UE como o pilar europeu deste bloco político-militar.