
O
Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) assinala os 80 anos da libertação do Campo de Concentração de Auschwitz, a 27 de janeiro de 1945.
A libertação do Campo de Concentração de Auschwitz foi realizada pelo Exército Vermelho da União Soviética, no quadro da ofensiva militar que desembocaria na decisiva batalha de Berlim, que consumou a derrota das forças nazi-fascistas a 9 de maio de 1945 e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
Assinalar esta data assume uma enorme importância pelo que significa de denúncia do horror nazi-fascista. No complexo de campos de concentração, de extermínio e de trabalho escravo de Auschwitz-Birkenau, como noutros campos nazis, foram assassinadas milhões de pessoas: opositores políticos, sindicalistas, intelectuais, judeus, eslavos, ciganos, homossexuais, pessoas com deficiência.
Importa lembrar os interesses que suportaram o nazi-fascismo e a sua máquina de guerra, terror e morte. O funcionamento dos campos de concentração e extermínio era assegurado por alguns dos mais importantes grupos industriais e financeiros alemães e até de outros países ocidentais, que beneficiaram também do trabalho escravo realizado pelos presos.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) rejeita veementemente que a evocação desta significativa data seja desvirtuada, ocultando que foi a União Soviética e o seu Exército Vermelho que efectivamente libertaram o Campo de Concentração de Auschwitz e que deram o contributo determinante para a vitória sobre o nazi-fascismo, ao mesmo tempo que é branqueado o nazi-fascismo, a barbárie que este representou, os grandes interesses económicos que este defendeu, os hediondos crimes pelos quais foi responsável.
Nesta ocasião, o CPPC rejeita que se use esta efeméride para promover a retórica belicista, a corrida aos armamentos e a política de confrontação, designadamente para alimentar o conflito que se trava no Leste da Europa.
Do mesmo modo, o CPPC não pode deixar de denunciar aqueles que de forma inaceitável utilizam o imenso sofrimento causado pela barbárie nazi-fascista, nomeadamente sobre os judeus, para branquear a política genocida levada a cabo por Israel contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza.
O CPPC evoca as vítimas do terror nazi-fascista e pugna para que tal horror nunca mais aconteça. Defender as liberdades, a democracia, a paz exige um permanente combate ao fascismo, ao militarismo, à guerra – um compromisso de sempre do CPPC, que neste dia renovamos, agindo lado a lado com todos quantos aspiram a um mundo melhor, de paz e progresso social.
A Direção Nacional do CPPC
27-01-2025