Benjamin Nethanyau, primeiro-ministro israelita, anunciou que iria destruir a cidade de Gaza e expulsar a sua população, impondo uma nova e inaceitável deslocação forçada de centenas de milhares de palestinianos, passo que se insere na política de genocídio e de colonização que Israel leva a cabo contra o povo palestiniano.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condena veementemente esta nova escalada da agressão de Israel ao povo palestiniano e apela à solidariedade por parte do movimento da paz e da solidariedade, do povo português para com a Palestina.
Em resultado da agressão israelita são já mais de 62 mil os mortos, mais de 158 mil feridos e mais de um milhão de deslocados, números que aumentam todos os dias.
Para além dos sistemáticos ataques e bombardeamentos, Israel impõe sobre a população palestiniana da Faixa de Gaza um bloqueio criminoso. Tal como denunciam diversas agências da ONU, o bloqueio imposto por Israel está a provocar desnutrição generalizada, sendo crescente o número de mortos por fome, entre os quais muitas crianças. Uma inaceitável e chocante situação, a que se acresce os assassinatos de palestinianos que procuram os escassos alimentos que entram na Faixa de Gaza.
O desrespeito do direito internacional por parte do regime sionista é gritante e tem de continuar a ser denunciado. As resoluções da Organização das Nações Unidas e as deliberações do Tribunal Internacional de Justiça no que respeita aos direitos nacionais do povo palestiniano têm de ser cumpridas.
Israel não pode continuar a gozar de impunidade face aos crimes que sucessivamente comete, nem pode continuar a contar com o apoio militar, político e económico dos EUA e das potências da NATO e da UE.
Entretanto, na madrugada do dia 9, terça-feira, uma das embarcações que se dirige à Faixa de Gaza, no âmbito da iniciativa promovida pela Flotilha Global Sumud, foi atingida por um drone, acto que o CPPC veementemente denuncia e repudia.
O CPPC condena os crimes de Israel, exige o imediato fim do genocídio, exige o fim imediato da agressão, incluindo do bloqueio, imposto por Israel à população palestiniana da Faixa de Gaza, e insta à urgente entrada de ajuda humanitária.
É urgente criar o Estado da Palestina, independente e soberano, cumprir o direito de retorno dos refugiados palestinianos, como determinam as resoluções da ONU.
O CPPC apela à participação nas ações a desenvolver no âmbito da Campanha de Solidariedade com o Povo Palestiniano «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!», nomeadamente as já programadas:
Na concentração, dia 16 de Setembro, às 18h00, no Largo Camões, em Lisboa
Nos atos Públicos com a exposição «Gaza: Mar de Memórias e Luto»
- 16 de Setembro, às 16h30, na Estação da Trindade, no Porto
- 25 de Setembro, às 16h30, na Praça da Estação, em Ermesinde
- 28 de Setembro, às 11h00, na Rua 19, em Espinho
Na manifestação nacional, dia 29 de Novembro, às 15h00, em Lisboa e no Porto
A Direção Nacional do CPPC
9 de Setembro de 2025
