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Solidariedade com o povo saarauí

Aquando da visita ao Saara Ocidental do enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas, Christopher Ross, as forças marroquinas reprimiram brutalmente as concentrações pacíficas, promovidas nos dias 19 e 20 de Outubro por activistas saarauís.

 

No dia 19, em El Aaiún, capital do Saara Ocidental ocupado, cerca de cem pessoas ficaram feridas, as suas casas foram invadidas, saqueadas e destruídas, ninguém foi poupado à brutalidade do aparelho repressivo Marroquino.

No dia 20 em Smara, semeou-se novamente o mesmo cenário de destruição e cerca de 40 pessoas ficaram feridas.

Esta repressão surge no momento em que Marrocos procura esconder as repetidas violações dos direitos humanos enquanto explora os recursos naturais do território saarauí.

Nesta altura perturbada, o CPPC, solidário com a luta do povo saarauí, vem mais uma vez reafirmar aquelas que são as exigências para a resolução deste conflito:

- O fim da ocupação marroquina do Saara Ocidental;

- A libertação dos presos políticos saarauís nas prisões marroquinas, nomeadamente os saarauís condenados na sequência do desmantelamento violento do acampamento de Gdeim Izik;

- O respeito pelos direitos nacionais do povo saarauí;

- A instalação de um mecanismo permanente da ONU para a observância e protecção dos direitos humanos;

- O respeito pelo inalienável direito à auto-determinação do povo saarauí;

- A realização de um referendo, sob auspícios das Nações Unidas;

- O direito do povo saarauí ao seu Estado livre, independente e soberano;

- Exortar o governo português a tomar posição clara contra as agressões de Marrocos ao povo saaraui e a exigir o cumprimento das deliberações da ONU quanto ao Saara Ocidental.