
A 1 de janeiro de 1959, após seis anos de intensa luta política e militar, o movimento revolucionário cubano, com o apoio massivo do povo, triunfava contra a tirania de Fulgêncio Batista sustentada pela oligarquia cubana.
Iniciava-se, então, o desmantelamento do sistema neocolonial instalado pelos Estados Unidos da América (EUA) após a expulsão de Espanha, e começava a construção de um país independente, soberano e progressista em benefício
de todo o povo, com base na constante participação popular nas decisões e tarefas e na unidade do desenvolvimento económico e social.
Ao longo destes sessenta e quatro anos, enfrentando todo o tipo de ingerências dos EUA – odiosas campanhas de imprensa, apoio a contrarrevolucionários, tentativas de homicídio de dirigentes, sanções e o bloqueio económico, comercial e financeiro – a revolução cubana resgatou a dignidade nacional; eliminou a exploração; erradicou a discriminação de base racial, género ou idade; desenvolveu-se social e economicamente.
Cuba alcançou a verdadeira independência e soberania, e continua a afirmar-se em setores como a saúde, a educação, o desporto ou a cultura.
Desenvolveu um sistema de assistência médica gratuita, em rede – desde os médicos de família e policlínicos a hospitais especializados e centros de investigação –, abrangendo toda a população, na infância, escolas, locais de trabalho, domicílios. Face à pandemia de Covid-19, produziu as suas próprias vacinas.
Apresenta o maior índice de alfabetização da América Latina; todas as crianças têm escola; o número de professores, investigadores, mestres, médicos e professores universitários tem crescido todos anos; no desporto, Cuba está entre os dez primeiros países do mundo.
No plano internacional é um exemplo de solidariedade, cooperação e relações pacíficas e amistosas com outros povos, designadamente, prestando auxílio a povos vítimas de calamidades naturais ou outras tragédias.
Ao celebrar esta data maior da história da República de Cuba, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reitera a sua solidariedade com o povo cubano que continua a resistir às agressões dos EUA e a defender, corajosa e firmemente, a sua independência e soberania; o direito a escolher o seu próprio destino, a sua Revolução. Mostrando que alternativas de soberania, progresso e justiça social são possíveis.
O CPPC reclama ainda o fim do bloqueio e da desestabilização impostos pelos EUA e o cumprimento do direito internacional reiteradamente afirmados pela Assembleia Geral das Nações Unidas ao longo destes anos.
A Direção Nacional do CPPC
2 de janeiro de 2023